quarta-feira, 14 de agosto de 2024
Instituído pelo Conselho Nacional de Justiça em 2020, o Observatório de Direitos Humanos do Poder Judiciário (ODH) tem como foco fortalecer cinco eixos no ciclo de 2023 a 2025: promoção da equidade étnico-racial; garantia dos direitos fundamentais no Sistema de Justiça Criminal; enfrentamento das vulnerabilidades sociais, econômicas e ambientais; defesa dos direitos das mulheres, da diversidade sexual e da igualdade de gênero; e proteção dos direitos da infância e juventude.
O ODH busca fornecer subsídios para a adoção de iniciativas que promovam os direitos humanos e fundamentais no âmbito dos serviços judiciários, conforme o art. 3º da Portaria n. 190 de 2020. Os principais objetivos do Observatório incluem:
I – Promover a articulação do Poder Judiciário com instituições, tanto nacionais quanto internacionais, que atuem na defesa dos direitos humanos, estabelecendo parcerias para o intercâmbio de informações, dados, documentos e experiências;
II – Apoiar o Poder Judiciário na formulação de políticas, projetos e diretrizes voltados à tutela dos direitos humanos;
III – Desenvolver e executar iniciativas e projetos relacionados aos direitos humanos;
IV – Realizar estudos e emitir pareceres sobre questões estratégicas relacionadas aos direitos humanos;
V – Propor a celebração de acordos de cooperação vinculados às suas atribuições;
VI – Organizar publicações que relatem a atuação do Judiciário na defesa dos direitos humanos, além de promover seminários, audiências públicas e outros eventos relacionados ao tema;
VII – Sugerir ao Plenário do Conselho Nacional de Justiça medidas que possam contribuir para o aprimoramento da proteção dos direitos humanos no âmbito do Poder Judiciário.
Manual de Direitos Humanos
Uma base importante para que os órgãos do Poder Judiciário contribuam efetivamente com o cumprimento dessas diretrizes está no Manual de Direitos Humanos da International Bar Association, disponibilizado pelo CNJ. Fundada em 1947, a IBA é a principal organização mundial dos profissionais do Direito e das ordens e associações de advogados. O material foi desenvolvido para capacitar magistrados(as), promotores(as) e advogados(as), trazendo toda a legislação nacional e internacional relacionada ao tema. Trazendo conhecimento prático para a aplicação eficaz desses direitos, o Manual também aborda a necessidade de fortalecer o Estado de Direito, com destaque para a independência do Judiciário e a igualdade no acesso à justiça como fatores críticos para a consolidação de uma sociedade democrática e justa.
Confira abaixo os tópicos abordados:
- Direito Internacional dos direitos humanos e o papel dos profissionais do Direito
- Os principais instrumentos dos direitos humanos universais e os mecanismos para sua implementação
- Os principais instrumentos regionais de direitos humanos e respectivos mecanismos de implementação
- A autonomia e a imparcialidade de juízes, promotores e advogados
- Direitos humanos e prisão, detenção antes do julgamento e detenção administrativa
- O direito a um julgamento justo: da investigação ao julgamento
- O direito a um julgamento justo: do julgamento à sentença final
- Padrões legais internacionais para a proteção de pessoas
- Uso de medidas não carcerárias na administração da justiça
- Os direitos da criança na administração da justiça
- Direitos da mulher na administração da justiça
- Alguns dos outros direitos essenciais: liberdade de pensamento, consciência, religião, opinião, expressão, associação e reunião
- Direito a igualdade e não-discriminação na administração da justiça
- O papel do judiciário na proteção dos direitos econômicos, sociais e culturais
- Proteção e reparação para vítimas de crimes e violações aos direitos humanos
- A administração da justiça em estados de emergência
O Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo (TJMSP) manifesta pleno apoio à defesa dos direitos humanos no Poder Judiciário, reconhecendo a importância dessas diretrizes para a proteção dos direitos fundamentais de todos os cidadãos.
Por: Imprensa TJMSP