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Com reforço no time, Gestão Documental do TJMSP é otimizada por novo fluxo de processos

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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Desde o início de 2024, a Gestão Documental do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo (TJMSP) passou por importantes saltos de otimização e melhoria de produtividade, que já possibilitaram a publicação de dois editais de eliminação – instrumento legal que define e formaliza o descarte de documentos. Esses resultados são consequência do engajamento da equipe envolvida, que contribuiu com o aperfeiçoamento do fluxo de processos, a instalação de novo espaço e o treinamento de novos integrantes da equipe. 

Equipe de gestão documental trabalhando
Equipe de gestão documental

Histórico 
No início dos anos 1990, o servidor Nilo Sergio Coelho já utilizava técnicas empíricas de conservação do acervo, influenciando positivamente na preservação dos documentos de guarda permanente. 

Em cumprimento às determinações contidas na Resolução 324/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a qual institui o Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário – Proname, foram criadas a CGDM pela Portaria nº 337/2021 – ASSPRES e posteriormente a CPAD em 2023 (Portaria nº 399/2023 – ASSPRES). Em princípio ficou definido a avaliação e destinação dos Feitos Cíveis, motivado pelo objetivo de gerir o espaço físico do Arquivo Geral desta Corte. 

Eduardo Alberto Marcelino – Chefe de Seção Judiciário
“Após os primeiros contatos com as resoluções do PRONAME, o Arquivo já se preparava para esta etapa crucial da gestão documental. Com a implementação da CGDM e da CPAD em 2021 e 2023, das quais sou membro por ocupar cargo de Chefe da Seção de Arquivo e Gestão Documental- SAG, começamos a efetivamente aplicar as diretrizes do PRONAME e a instituir nossas normas institucionais”. Eduardo Alberto Marcelino – Chefe de Seção Judiciário

Nas tardes de quarta-feira, Zilda Aparecida Ramos Legui, Eduardo Alberto Marcelino, José Luis Macruz Ferreira da Silva e Marcello Eduardo da Silva Xavier se dedicavam à avaliação documental de processos cíveis. Apesar de terem buscado capacitação em cursos livres de arquivística, não seria possível prosseguir com o projeto porque a CPAD não estava com sua composição completa. Era preciso contratar 2 profissionais, um(a) historiador(a) e um(a) arquivista para análise técnica do acervo. 

Zilda Aparecida Ramos Legui – Coordenadora
“A participação em eventos e o IV Encontro Nacional de Memória do Poder Judiciário (Enam) tem proporcionado momentos importantes de troca e aprendizado, o que vejo como um grande impulsionador dos avanços que tivemos nos últimos meses. Dessas oportunidades, surgiram alguns grupos de trocas com profissionais da área em outros tribunais”. Zilda Aparecida Ramos Legui – Coordenadora

Soluções adotadas 
Por impulso da Comissão Permanente de Avaliação Documental (CPAD) e da Comissão de Gestão Documental e de Memória (CGDM), em janeiro de 2024 foi concretizada a contratação da historiadora Larissa Souza Oliveira e a arquivista Tathyana Dalmaso Felix, que deram início à análise da documentação. 

Larissa Souza Oliveira – Historiadora
“Nosso trabalho é muito interdisciplinar, por isso a 1ª e a 2ª etapa dos processos são complementares. Enquanto eu avalio a documentação por critérios históricos, o Sérgio e o José conseguem entender particularidades jurídicas que dão valor histórico àquele processo”. Larissa Souza Oliveira – Historiadora
Tathyana Dalmaso Felix – Arquivista
“Além do diálogo interno, a troca de experiências com profissionais de outras instituições é muito importante para aperfeiçoarmos cada vez mais as práticas de gestão documental”. Tathyana Dalmaso Felix – Arquivista

Com a intenção de maximizar os resultados obtidos, a Administração do TJMSP implementou medidas palpáveis de otimização da Gestão Documental: 

  1. Infraestrutura: 
    Cessão de novo espaço específico para a Gestão Documental, com a organização customizada dos postos de trabalho e equipamentos. 
     
  2. Recursos humanos: 
    Reforço do time com 2 servidores(as) que atuam de forma fixa na área, 2 estagiários(as) e 5 servidores(as) volantes, que se alternam em cada dia da semana no apoio à Gestão Documental. 
     
  3. Otimização do fluxo de processos: 
    Com apoio do engenheiro Elizeu Domingues Neto, Assistente Técnico do TJMSP, o fluxo de processos proposto pela CPAD e CGDM teve suas etapas adaptadas às novas instalações, dando ainda mais velocidade e eficiência ao trabalho. 

Nessa primeira fase do projeto, o trabalho tem como foco a avaliação de processos cíveis datados a partir de 2005. Após análise histórica e, em seguida, um estudo técnico-jurídico, são separados para a guarda permanente os processos que envolvem temas considerados relevantes. Casos importantes para a memória institucional, que tiveram visibilidade na imprensa e que envolvam questões de gênero, raciais e saúde mental, por exemplo, são identificados e integralmente armazenados no Arquivo Geral da Corte.  

Essa avaliação foi expandida para contemplar critérios técnico-jurídicos, o que auxilia na identificação de processos que possuem valor histórico e institucional pela perspectiva do Direito. Para cumprir essa etapa, foram integrados ao time dois servidores fixos e cinco que atuam uma vez por semana. A seleção desses colaboradores não foi feita ao acaso: todos possuem formação jurídica e/ou muitos anos de experiência nesta Corte, o que contribui muito com o resultado do trabalho. 

Sergio Ricardo Gaeta – Escrevente Técnico Judiciário
“Como estou há quase 26 anos nesta Corte, muitas vezes eu me lembro da repercussão de alguns processos no Tribunal, o que ajuda muito na análise técnico-jurídica. Tem sido uma experiência muito gratificante poder contribuir com a minha bagagem do Direito”. Sergio Ricardo Gaeta – Escrevente Técnico Judiciário
José Luis Macruz Ferreira da Silva – Escrevente Técnico Judiciário
“Fiz parte da equipe que contribuiu de forma pontual com a análise de processos no ano passado, e tem sido muito positivo ver a evolução tão rápida do projeto”. José Luis Macruz Ferreira da Silva – Escrevente Técnico Judiciário
Marcello Eduardo da Silva Xavier – Escrevente Técnico Judiciário
“Como tenho formação em Direito, me interesso muito pelos processos e as decisões. Hoje atuo como Escrevente Técnico Judiciário na Seção de Conformidade e Distribuição, e às quartas contribuo com as análises técnicas-jurídicas da documentação”. Marcello Eduardo da Silva Xavier – Escrevente Técnico Judiciário

Por outro lado, os que não se enquadram nessas categorias são sinalizados e, com a aprovação da CPAD e da CGDM, separados para possível descarte. A relaçãodesses processos é posteriormente publicada em Editais de Eliminação, para que qualquer parte interessada possa reivindicar o recolhimento desse material dentro de 45 dias. Transcorrido esse prazo, é retirada uma amostra estatística para a guarda permanente, e o restante da documentação pode ser descartada – mas não integralmente.

Outra etapa do trabalho de Gestão Documental ocorre após a liberação dos Editais, pois as peças processuais de cada processo (definidas pela CPAD) precisam ser mantidas, ainda que o descarte tenha sido liberado, de acordo com as normas do CNJ. Essa prática diminui consideravelmente o volume de espaço ocupado no Arquivo Geral. Seguindo as orientações do Proname, já foram descartados 200 processos judiciais com 479 volumes e 130 apensos, totalizando 13,22 metros lineares.  O servidor Walmir Fernandes de Resende atua nessa etapa do processo com o apoio de dois estagiários, Ian Casseb (estudante de Direito) e Murilo Grieno (estudante do Ensino Médio). São eles os responsáveis por concretizar a gestão do espaço físico, um dos objetivos do projeto.

Walmir Fernandes de Resende – Escrevente Técnico Judiciário
“É surpreendente como conseguimos diminuir o volume de espaço ocupado pela documentação, ainda que sejam mantidas pelo menos as partes principais de cada processo, já que muitos deles têm diversos volumes”. Walmir Fernandes de Resende – Escrevente Técnico Judiciário
Ian Casseb – Estagiário
“Como sou estudante de Direito, me interesso muito por entender a estrutura dos processos. Participar do projeto de gestão documental tem me proporcionado muito aprendizado”. Ian Casseb – Estagiário
Murilo Grieno – Estagiário
“Tem sido ótimo poder contribuir com a equipe. A mudança de espaço ajudou muito na organização dos arquivos”. Murilo Grieno – Estagiário

Partindo de indicações feitas durante a análise técnico-jurídica, eles desencadernam a documentação e mantêm apenas as partes principais, o que diminui o volume de forma significativa. Além de contribuir com essa separação, Walmir é responsável pelo registro de todos os processos – os que serão eliminados e os que serão armazenados na guarda permanente, localizada no Arquivo Geral do TJMSP. Com isso, cumpre-se todo o ciclo dessa fase do projeto. 

Essas iniciativas refletem não apenas a valorização da Gestão Documental, buscando resultados que aliem a excelência operacional aos critérios historiográficos aos arquivísticos, mas também da equipe, que tem atuado de forma tão contributiva na organização deste acervo.  

Equipe de Gestão Documental reunida
Equipe de Gestão Documental reunida

Por: Imprensa TJMSP

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